14.2.08

Maninha Brigitte

"Agradeço aos que com chutes no traseiro me ensinaram a viver, aos que, traindo-me e aproveitando-se de minha ingenuidade, me arrastaram para a beira de um abismo de desesperança, do qual milagrosamente saí.

É sobre as provações que se edifica o sucesso, quando não se morre por causa delas."
(Brigitte Bardot)

Li a biografia dela e me identifiquei tanto. Não que eu me ache tão linda como ela. Ela era absurdamente maravilhosa.
Também não sou uma ativista em prol da defesa dos animais. Até gosto de bichinhos, mas desde que não me dêem nenhum trabalho, só alegrias. (Acho que não devo mesmo procriar!)

Mas Brigitte estava sempre na dualidade entre usar e aprimorar sua beleza e o desejo de ser como uma criança, livre e solta pelo mundo.
Ela não parecia gostar muito da espécie humana. Estava sempre reclamando de algo ou alguém, mas fazendo de tudo. Se em alguns momentos ela parecia desabar e chegar ao fim de suas esperanças, logo ela se reerguia e novamente acreditava na vida, no amor, nos amigos, nas reviravoltas do mundo. Detestava viajar, mas estava sempre de malas prontas. Quando viajava, reclamava dos lugares feios, dos incômodos, mas também se incomodava com o luxo em demasia, com as pessoas que valorizavam demais as aparências. Mas a feiúra lhe dava náuseas. Gostava das festas, das roupas, do glamour, mas preferia chegar em casa. Ia jantar num restaurante chiquérrimo descalça. Às vezes enrolava o cabelo todo pra cima e fazia seu próprio penteado. Não gostava do tumulto, mas se entediava ao ficar sozinha.

Ou seja, uma chata!

Minha alma gêmea.

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