Respeito todas as formas e manifestações de arte, mesmo aquelas com um gosto provocativo e escatológico, como merda enlatada, cubos de esperma ou pinturas feitas com sangue e urina.Mas é impossível ficar passiva diante de alguns que extrapolam o bom senso e criam monstruosidades, indivíduos que sequestram e violentam a expressão “arte” para justificar e validar toda e qualquer epifania pseudocriativa. Ou, na falta de um talento artístico verdadeiro, criam peças apenas para gerar comoção e discussão, fazendo-se de vítimas da censura e da opressão conservadora quando confrontados.
No começo achei que era uma daquelas notícias-pegadinhas de primeiro de abril no meio de outubro, já que recebi uns 5 e-mails de uma só vez sobre isso.
Mas não era.
O costa-riquenho Guillermo Habacuc Vargas montou uma instalação repugnante na exposição “Arte e Lixo” em Honduras, com um cão faminto e doente amarrado com barbante (seu nome era Natividad) abaixo da frase “Ere que los lees” escrita com ração de cachorro. Aqui tá o relato, em espanhol.Segundo ordens do “artista”, ninguém podia dar comida ou bebida ao canito moribundo.
Em dois dias ele morreu.
O que o coitado do cachorro tinha a ver com a história?
Não importa se Habacuc estava protestando contra a fome no mundo, contra o imperialismo americano ou contra o aumento do condomínio do prédio onde ele mora , nada justifica isso.
Como amante dos bichos, no bom sentido, isso me deixa um gosto metálico na boca, e por mim, deveriam amarrá-lo no lugar de Natividad sem água e comida, com a mesma frase escrita com empadinhas, com direito a farta distribuição de porrada em cima dele.
Se tem uma coisa que eu fico realmente indignada é violência contra animais, crianças e idosos, que não tem como se defender.
Em curto e bom português, é um fiadaputa assassino que se acha artista.
Mas isso tem um lado bom, ironicamente: a arte não pode ser fachada de atos inumanos, sádicos, agressivos, atos moralmente e criminalmente condenáveis acobertados pela pecha de arte, criando uma espécie de imunidade, transformando-a em algo inimputável.
A arte pela arte não se justifica, ela tem um limite, da mesma forma que não se pode fazer tudo pela paz ou pelo casamento perfeito.
Senão teremos atividades performáticas de mutilação ao vivo ou apedrejamento de adúlteras em público em nome da arte
Existe uma petição onde é pedido que ele NÃO RECEBA este prêmio.Por favor assinem preenchendo o Nome, email, Localidade e País.http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html
PARA VER O QUE CHAMARAM DE ARTE ENTREM:http://www.marcaacme.com/blogs/analog/index.php/2007/08/22/5_piezas_de_habacuc
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