18.3.07

Normal isso ora!!!

Ah, sim... Segue aí embaixo a história de quando meu vizinho Luiz (bola oito) caiu na cova...
Figura ímpar.É ele é dito coisa de louco...
Num camping, incendiou a barraca com ele e a namorada dentro, já caiu num canal, afundou no cimento de uma obra... enfim, tantas esdruxulices que nem dá pra contar aqui.
Mas a da cova é preciso. Estava ele no enterro de um cara que ele mal conhecia. Só conhecia porque moravam no mesmo prédio. Mas nunca tiveram a menor intimidade. Chorava tanto que parecia novela. E ainda estava carregando o caixão.
Adiantando um pouco a história, comentário do pai dum amigo meu, que estava no funeral: "Sabe aquele amigo de vocês, o Luiz?... Pois então... Tava lá no enterro.
Quando baixaram o caixão, ele caiu junto. Caiu na cova. Foi constrangedor."
Fomos ouvir sua versão, que geralmente é pior que a apresentada.
"Ah, caí nada! Que exagero... Quando tavam baixando o caixão, percebi que o braço dele tava pra fora. Mas só eu vi. Aí, quando fui botar no lugar, escorreguei e caí dentro da cova. Mas caí quase em pé! E depois tive que pisar em cima do caixão pra subir, só isso. Nada demais..."
Interessante é que quase sempre depois duma bizarrice dessas ele manda essa de "Ah, normal, ora. Nada demais. Nem sei porque estão rindo!".
Como numa vez em que, indo atravessar a rua, ele tropeçou num "gelo baiano" (um troço de cimento que põem na calçada pra evitar que os carros estacionem) e caiu de quatro (literalmente) no meio da rua. Um carro freiou (é assim que escreve?) muito, mas muito perto dele. O motorista saiu do carro esbravejando e xingando o infeliz de todos os palavrões que existem no vernáculo, voltando pro automóvel (que diacho de palavra é essa???) e indo embora. Nem deu pra rir (na hora, claro). Diante de nossos olhares estupefatos, diz ele: "...tão olhando o que? Eu, heim... Nunca viram alguém caindo na rua, não? Normal isso, ora!"...

Nenhum comentário: